quinta-feira, 14 de junho de 2007

Comércio eletrônico

Comércio Eletrônico


Resposta às questões:
Exercício 1:
a) Modelos de negócios dos sites visitados:
Submarino: É uma loja virtual que possui como característica o modelo de comércio eletrônico B2C.
Buscapé: É um conglomerado de lojas anunciantes, baseado no modelo B2C. O site oferece ainda avaliação das lojas anunciantes. Esta avaliação é feita pelos próprios consumidores. O site permite ainda o anúncio de produtos semi-novos.
eBay: É um comércio eletrônico livre, onde empresas e consumidores podem comprar e vender. De um modo geral, considerando-se as empresas anunciantes, pode ser considerado o modelo de negócios B2C ou C2C. Além disso, o site permite a realização de leilões e venda de produtos usados.

b) Vantagens e desvantagens:

Submarino:
Vantagens:
- Por tratar-se de uma loja virtual, há uma maior garantia na entrega do produto.
- Não há intermediários na negociação.
- Dúvidas são tratadas diretamente com o atendimento do próprio site.

Desvantagens:
- Não há comparação de preços entre produtos.
- Número de produtos fica limitado ao portfolio do site.
- Ofertas de marcas inferior em número aos sites que abrigam diversos fornecedores.

Buscapé:
Vantagens:
- Há comparação de preços entre produtos.
- Elevado número de produtos já que diversas lojas são anunciantes.
- Ofertas de marcas diversificadas.
- Competição de preços.

Desvantagens:
- Por não tratar-se de uma loja virtual mas sim de um conglomerado de marcas, não há garantia na entrega do produto.
- As dúvidas são tratadas com revendedores vinculados ao site e não diretamente com o proprietário do site.

eBay:
Vantagens:
Além das vantagens apresentadas para o Buscapé, pode-se citar:
- Leilões
- Grande variedade de fornecedores, incluindo-se pessoas físicas.

Desvantagens:
Além das apresentadas para o Buscapé, pode-se citar:
- Não há controle sobre a qualidade dos produtos ofertados pelo fornecedor
- Embora o site possua certificação de alguns revendedores, para muitos sequer há garantia de entrega do produto.
- O site é hospedado nos Estados Unidos e grande parte dos fornecedores restringem sua área de entrega de produtos para o hemisfério norte ou mesmo para unicamente os Estados Unidos.


c) Garantias:
Submarino:
Quanto à fidelidade de informações, o site se responsabiliza pelas informações postadas, já que é detentor das mesmas. Quanto à entrega, o próprio site se responsabiliza, visto que informa em sua página a disponibilidade do produto. Quanto ao pagamento, o site possui certificações de “site seguro”, tais como certificação “Certisign”, certificação “Internet Segura” e certificação da “Intelig”.

Buscapé:
Quanto à fidelidade de informações, o site não se responsabiliza pelas informações postadas, já que as mesmas são capturadas por tecnologia spider. Quanto à entrega, o próprio site não se responsabiliza, visto que a negociação é feita com a loja e não com o site. Quanto ao pagamento, o site não se responsabiliza pelo mesmo pois a venda é feita pela loja e não pelo site. O site possui um selo próprio que segundo consta do próprio site não é um tipo de garantia, mas sim a indicação que a loja cumpre requisitos de qualidade e de postura ética.

eBay:
Quanto à fidelidade de informações, não fica clara, mas aparentemente não são responsáveis pelas mesmas, já que são fornecidas pelo revendedor. Quanto à entrega, o site possui políticas de garantia da qualidade com monitoramento dos revendedores. Não foi possível localizar, entretanto, se o site garante a entrega do produto. No entanto, isso é pouco provável devido ao tipo de serviço oferecido. Quanto ao pagamento, o site possui certificações internacionais de segurança, o que lhe confere qualidade na transmissão de informações do cliente. Finalmente, vale destacar que o detentor do site possui um endereço físico que é informado no site, o que lhe confere autenticidade.

d) Recursos de apoios a:
1) Identificação da necessidade: todos os site possuem campos de busca além de menu interativo com categorias de produtos. Além disso possuem produtos em destaque em banners ou mesmo na página inicial.
2) Seleção do produto: todos os sites possuem pesquisa por categoria, possibilitando a consulta generalizada.
3) Seleção do fornecedor: assim como no item 2, pode-se utilizar a pesquisa por categoria para escolha da marca (no caso do Submarino somente a escolha da marca é possível) e nos casos dos demais a busca tanto por categoria quanto por produto apresenta fornecedores diversificados.
4) Negociação: No site Submarino a negociação se restringe à apresentação de seu preço e opções de pagamento. No caso do Buscapé, a negociação pode ser vista como sendo a apresentação de diversos fornecedores para um mesmo produto, possibilitando ao consumidor a escolha da melhor opção. No caso do eBay, além da similaridade ao Buscapé, existe também a opção de leilão, onde o comprador faz sua oferta baseada em um lance mínimo exibido no site. Todos os sites apresenta opção de busca por menor preço.
5) Compra e entrega: no site Submarino, a entrega é própria ou por empresa transportador filiada. Neste site, é informado o prazo médio de entrega. A comprovação da entrega é a assinatura do cliente do comprovante de recebimento. No site Buscapé a condição de entrega depende do fornecedor e no site eBay o comprador deve qualificar o fornecedor, avaliando inclusive a entrega.
6) O site Submarino possui “dúvidas on line” e divulga no próprio site as políticas para troca e devolução. Os demais não possuem esse controle, exceto a qualificação do fornecedor feita conforme citado anteriormente.


2. Fast Commerce:
a) É um site de construção e hospedagem de lojas virtuais.
b.1) Elementos configuráveis pelo usuário:
- Design e conteúdo: Personalização de layout do site, incluindo a definição das imagens e textos que o compõem, cores, etc.
- Pagamentos: Formas de pagamento aceitas pela loja para pedidos feitos via web.
- Seções e produtos: Cadastro de produtos, organizados em seções. Permite inclusão, alteração e exclusão.
- Clientes: Informações cadastrais dos clientes da loja e respectivos históricos de pedidos e atendimentos.
- Relatórios administrativos: Emissão de relatórios dos produtos, clientes, pedidos e acessos à loja e ao site administrativo.
- Parceiros e afiliados: Relaciona os sites com link para a loja. Determina comissões sobre vendas realizadas a partir destes.
- Banners próprios: Personalização dos banners do site, com controle do número de exibições e clicks por banner.
- Envio e frete: Formas de envio e parâmetros para o cálculo dos valores de frete dos produtos solicitados.
- Pedidos: Gerenciamento dos pedidos feitos na loja, feito pelas equipes de atendimento da empresa.
- Mensagens: Cadastramento de mensagens pré-formatadas que serão enviadas por e-mail aos clientes ou para a loja.
- Usuários do site administrativo: Cadastro de usuários com acesso ao site administrativo, com níveis de permissão individualizados.

b.2) Relatórios escolhidos:
- Estatísticos: neste relatório são apresentadas informações sobre tipos clientes e tipos de acessos. Desta forma o gerente do negócio pode estipular estratégias produtivas tais como promoções (através dos relatórios de acessos por horários ou dias da semana), envio cartões para aniversariantes (através dos relatórios de aniversariantes do mês, por exemplo), dentre outras.
- Produtos: neste relatório as principais informações sobre os produtos são listadas. Pode-se citar produtos mais procurados, produtos cadastrados, aviso de disponibilidade, produtos disponíveis, produtos em promoção, dentre outros. De posse destas informações, o gerente do negócio pode gerenciar por exemplo a apresentação de produtos na página principal de seu site, dentre outras estratégias.
- Pedidos: apresenta informações gerais sobre os pedidos, tais como categorias mais vendidas, principais meios de pagamento utilizados, principais regiões de venda, dentre outras. Assim como os demais, estas informações possibilitam ao gerente do negócio estipular estratégias de competição e produtividade.

Além disso, as informações contidas nos diversos relatórios se avaliadas em conjunto, possibilitam a visualização do crescimento do negócio, riscos inerentes ao mesmo e, numa análise mais ampla, principais investimentos futuros a serem feitos.

Negócios em rede

Nos últimos anos o comércio mundial passou por grandes transformações com o surgimento de um novo tipo de negócio, o comércio eletrônico.

Há pouco tempo falar-se em lojas virtuais seria utopia. No entanto, o avanço da internet e da segurança na transmissão de dados tornou possível esse tipo de “estalecimento”.

Hoje, cifras astronômicas são movimentadas em todo o mundo neste tipo de venda e muitas empresas baseiam seus negócios única e exclusivamente na venda via internet.

O comércio eletrônico pode ser dividido em três categorias:

- Business-to-consumer (B2C): Vendas diretas de empresas a consumidores individuais. Exemplos: Americanas.com, Submarino.com, dentre outras.
- Business-to-business (B2B): Vendas diretas entre negócios.
- Consumer-to-consumer (C2C): Vendas diretamente entre consumidores individuais, como é o caso do Mercado Livre, eBay, etc.


O comércio eletrônico traz consigo diversas oportunidades e desafios, tais como:

Para as empresas:
- Expansão do mercado
- Redução de custos nas transações
- Automatização do fluxo do negócio
- Baixo custo de comunicação
- Melhoria da imagem da empresa e dos serviços prestados ao cliente.

Para os consumidores:
- Possibilidade de efetuar transações 24 horas por dia, sem sair de casa.
- Maiores opções de escolha.
- Interação com outros consumidores (por exemplo através de mensagens ou comunidades virtuais, fóruns, etc).
- Maior competitividade entre empresas.

Paralelamente às vantagens apresentadas, o comércio eletrônico trás consigo problemas e desafios:
- Garantia da manutenção da privacidade dos usuários.
- Eficiência na logísticas.
- Formas de pagamentos diferenciadas e que atinjam a todos os consumidores.
- Garantia de segurança das informações prestadas pelo cliente.
- Confiabilidade na entrega do produto em condições adequadas ou mesmo com características desejadas pelo cliente.

ERP

ERP (Enterprise Resource Planning) é um sistema voltado para a integração dos processos e informações da empresa tais como vendas, compras, finanças, etc.

O primeiro passo para a implantação de um sistema ERP deve ser o mapeamento dos processos da empresa, visando identificar os recursos de interesse da organização para sua posterior instalação.

Uma importante característica da utilização deste tipo de sistema é o aumento da eficiência dos processos da organização.

De acordo com artigo publicado na Revista Produção, v. 15, n. 1, p. 105, Jan./Abr. 2005,
“pode-se identificar alguns pontos importantes acerca da sua arquitetura e funcionalidades deste tipo de sistema:
(a) Possuem uma arquitetura de software que facilita o fluxo de informações entre todas as atividades da empresa. São um amplo sistema de soluções e informações;
(b)Através de um banco de dados único, operam em uma plataforma comum que interage com um conjunto integrado de aplicações, consolidando todas as operações do negócio em um simples ambiente computacional;
(c) Suas funcionalidades representam uma solução genérica que reflete uma série de considerações sobre a forma como as empresas operam em geral. Para flexibilizar sua utilização em um maior número de empresas de diversos segmentos, os sistemas ERP são desenvolvidos de forma que a solução genérica possa ser personalizada em um certo grau”.

Apesar das vantagens oferecidas por esse tipo de sistema ao optar por sua utilização a organização deve levar em conta alguns importante aspectos negativos:

1) Geralmente são pacotes comerciais “prontos para uso”, o que pode ocasionar mudanças na maneira como os processos da empresa são executados.
2) Os custos tanto na aquisição do software quanto do hardware são elevados.
3) A implantação deve ser feita de forma lenta e gradual e por pessoal com bons conhecimentos em sistemas de informação.

Organização da Informação

Paralelamente à evolução na tecnologia de informação ocorreu um avanço no volume e na importância da informação armazenada.
Na grande maioria das empresas falar-se em perder dados pode significar prejuízos incalculáveis além de transtornos quase indescritíveis.

Diante desse quadro, a forma como os dados são armazenados, seja no aspecto organizacional ou seja no aspecto de segurança, assumem um papel de elevada importância.

Diversos sistemas foram desenvolvidos e utilizados nos últimos anos. Este artigo apresenta uma visão geral sobres esses sistemas.

a) Sistemas tradicionais de arquivo.
- Nesta metodologia, os dados são organizados apenas com o uso de sistemas de arquivo com pouca ou nenhuma estruturação. Diante deste quadro, à medida que as mudanças ocorriam, era necessário a criação de novos arquivos que se acumulavam, dificultando sua identificação e manutenção.

b) Sistemas de gerência de banco de dados.
- Um banco de dados é uma coleção de dados inter-relacionados logicamente. Um Sistema de Gerência de Banco de Dados é uma coleção de programas que permite a criação e gerência de banco de dados e mais especificamente a sua definição, construção e a manipulação. Além disso realizam diversos serviços tais como:
. Controle de redundância
. Compartilhamento de dados e controle de concorrência
. Restrições de acesso multi-usuário
. Controle de transações
. Backup e restauração
. Segurança
. Restrições de integridade.

c) Data Warehouses
- Um data Warehouse é um banco de dados que armazena dados atuais e históricos de interesse potencial. Os dados são originados em diversos sistemas internos e externos à organização, incluindo sistemas de arquivo, banco de dados e a própria web.

d) Sistemas de recuperação de informação
- Dedicam-se à representação, ao armazenamento, à organização e ao acesso a itens de informação desestruturada.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Investimento em TI nas pequenas empresas: mocinho ou bandido?

Durante muito tempo se ouviu o chavão “o cliente é nosso maior patrimônio”.
Embora isso não seja uma inverdade, nos dias atuais o que se observa, ainda que sob uma máscara que insiste em mostrar o chavão acima, é que se a realidade fosse escancarada, essa frase poderia ser escrita como “a informação é nosso maior patrimônio”.
E isso não é uma exclusividade das grandes corporações.
Mas até quando uma pequena empresa pode investir em TI?
Vamos analisar os dois extremos.
Uma empresa A possui em sua diretoria um, digamos, “infomaníaco”.
Tudo o que aparece de tecnologia compra, adora mudanças de sistemas e a internet é uma questão de sobrevivência na empresa.
Por outro lado, uma empresa B possui em sua diretoria uma pessoa que acha que tudo é custo. “Sempre foi feito de tal forma e não vamos mudar agora porque sempre deu certo assim”. Enfim, comprar hardware ou software é um gasto.
Nos dois casos, obviamente extremos, o que se vê são erros gritantes que certamente comprometerão o sucesso destas empresas.
Deixando de lado a questão custo e aplicando os conceitos básicos de TI, algumas falhas podem ser verificadas:

Na empresa A:
- Mudanças bruscas e constantes o que afeta a fluência de informações entre os diversos níveis hierárquicos.
Isso pode ser evidenciado, por exemplo, através da aplicação de um novo software. Todas as informações geradas no nível operacional seriam comprometidas e alteradas, havendo necessidade de geração de novas informações para que os níveis gerenciais e estratégicos possam tomar suas decisões.
- Excesso de informação: havendo uso excessivo da internet, poderão haver desvios de conduta e dispersão quanto às obrigações funcionais em diversos níveis, comprometendo o andamento dos processos. Além disso, muita informação é gerada nas mudanças e muitas delas desnecessárias ou mesmo prejudiciais para a empresa.

Na empresa B:
- A falta de investimentos em software e hardware poderá gerar morosidade no fluxo das informações e igualmente os níveis hierárquicos seriam comprometidos. Além disso, deve-se considerar a segurança dos dados, ainda que na atualidade os processos possam ser realizados manualmente.
- Diante de um eventual crescimento, a empresa que não investe em TI pode ser atropelada pelo que seria um benefício simplesmente por não estar preparada para lidar com novas tecnologias.
- Falta de informação: por possuir todos os seus processos ou a maioria deles manuais, muitas informações, busca de novas parcerias e produtos, dentre outros aspectos, seriam comprometidos. Ficar alheio a investimentos em TI é ficar alheio ao fluxo de informações gerados pelo mercado.

A conclusão mais direta é que os investimentos em TI, em especial na pequena empresa, devem ser pensados analisando-se a cultura da empresa mas também a sua real necessidade.
Uma boa alternativa é um investimento gradual, em escalas, respeitando-se os limites da própria empresa e da equipe de trabalho. E aqui, ao falar em limites, deve-se considerar também a questão custo.
Finalmente, o que fica claro, é que não dá para ficar alheio à tecnologia da informação, seja qual for o porte da empresa.
Como diria o Velho Guerreiro, “Quem não se comunica, se trumbica”.

Romildo Ribeiro é bacharel em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Espírito Santo e pós-graduando em Gestão da Qualidade e Produtividade pela Fundação Capixaba de Pesquisa - Fucape.