Durante muito tempo se ouviu o chavão “o cliente é nosso maior patrimônio”.
Embora isso não seja uma inverdade, nos dias atuais o que se observa, ainda que sob uma máscara que insiste em mostrar o chavão acima, é que se a realidade fosse escancarada, essa frase poderia ser escrita como “a informação é nosso maior patrimônio”.
E isso não é uma exclusividade das grandes corporações.
Mas até quando uma pequena empresa pode investir em TI?
Vamos analisar os dois extremos.
Uma empresa A possui em sua diretoria um, digamos, “infomaníaco”.
Tudo o que aparece de tecnologia compra, adora mudanças de sistemas e a internet é uma questão de sobrevivência na empresa.
Por outro lado, uma empresa B possui em sua diretoria uma pessoa que acha que tudo é custo. “Sempre foi feito de tal forma e não vamos mudar agora porque sempre deu certo assim”. Enfim, comprar hardware ou software é um gasto.
Nos dois casos, obviamente extremos, o que se vê são erros gritantes que certamente comprometerão o sucesso destas empresas.
Deixando de lado a questão custo e aplicando os conceitos básicos de TI, algumas falhas podem ser verificadas:
Na empresa A:
- Mudanças bruscas e constantes o que afeta a fluência de informações entre os diversos níveis hierárquicos.
Isso pode ser evidenciado, por exemplo, através da aplicação de um novo software. Todas as informações geradas no nível operacional seriam comprometidas e alteradas, havendo necessidade de geração de novas informações para que os níveis gerenciais e estratégicos possam tomar suas decisões.
- Excesso de informação: havendo uso excessivo da internet, poderão haver desvios de conduta e dispersão quanto às obrigações funcionais em diversos níveis, comprometendo o andamento dos processos. Além disso, muita informação é gerada nas mudanças e muitas delas desnecessárias ou mesmo prejudiciais para a empresa.
Na empresa B:
- A falta de investimentos em software e hardware poderá gerar morosidade no fluxo das informações e igualmente os níveis hierárquicos seriam comprometidos. Além disso, deve-se considerar a segurança dos dados, ainda que na atualidade os processos possam ser realizados manualmente.
- Diante de um eventual crescimento, a empresa que não investe em TI pode ser atropelada pelo que seria um benefício simplesmente por não estar preparada para lidar com novas tecnologias.
- Falta de informação: por possuir todos os seus processos ou a maioria deles manuais, muitas informações, busca de novas parcerias e produtos, dentre outros aspectos, seriam comprometidos. Ficar alheio a investimentos em TI é ficar alheio ao fluxo de informações gerados pelo mercado.
A conclusão mais direta é que os investimentos em TI, em especial na pequena empresa, devem ser pensados analisando-se a cultura da empresa mas também a sua real necessidade.
Uma boa alternativa é um investimento gradual, em escalas, respeitando-se os limites da própria empresa e da equipe de trabalho. E aqui, ao falar em limites, deve-se considerar também a questão custo.
Finalmente, o que fica claro, é que não dá para ficar alheio à tecnologia da informação, seja qual for o porte da empresa.
Como diria o Velho Guerreiro, “Quem não se comunica, se trumbica”.
Romildo Ribeiro é bacharel em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Espírito Santo e pós-graduando em Gestão da Qualidade e Produtividade pela Fundação Capixaba de Pesquisa - Fucape.
quarta-feira, 25 de abril de 2007
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